Estamos em pleno verão em Portugal mas as condições meteorológicas que se têm verificado não têm sido reflexo disso. Além disso, no passado recente têm sido identificadas várias situações meteorológicas improprias para determinadas alturas do ano. Neste artigo procuramos analisar qual o impacto das alterações climáticas nas estações do ano, tal como as conhecemos.
Está provado, cientificamente, que o planeta Terra se encontra num processo de mudança, no que diz respeito à meteorologia. Nomeadamente tem-se assistido a uma crescente subida da temperatura média. Esta situação tem levado a que o gelo nos pólos se esteja a derreter e muitos glaciares deixem de existir. Este fenómeno provoca directamente a subida das águas dos mares o que poderá afectar directamente as populações costeiras que vivem em zonas do globo perto do mar. Estima-se que, no futuro, muitas cidades ficarão completamente submersas devido a isto mesmo. Este fenómeno já é visível em várias zonas do planeta, incluindo Portugal. No nosso país assiste-se, por exemplo, a que várias praias têm vindo a perder areia nos últimos anos, ou seja, a água tem conquistado espaço à terra. Praias que perderam mais de metade do seu areal quando comparadas com a areia que tinham há umas décadas, não são casos raros.
A forma como o aquecimento global se manifesta nas estações do ano tem também sido alvo de vários estudos. Apesar de alguns desses estudos ainda serem inconclusivos, verifica-se que a existência de fenómenos naturais extremos tem tendência para acontecer com mais frequência. Furações, por exemplo, têm tido um aumento significativo e têm atingido zonas do globo que não atingiam antes. Além disso, alguns destes furacões têm-se verificado fora do seu período anual habitual. Em determinadas zonas do planeta existiam períodos anuais bem definidos onde estes fenómenos poderiam ocorrer. No entanto, o que se tem verificado, é que estes períodos nem sempre têm correspondido à realidade.
Por outro lado a delimitação das estações do ano também se tem começando a verificar não muito correcta. Mesmo em Portugal podemos identificar isso mesmo. No ano de 2017 a estação quente estendeu-se muito para além do habitual tendo até uma série de consequências a nível de incêndios, falta de água para a agricultura e encher as barragens, entre outras. Por oposição, este ano o verão parece timidamente a chegar e apesar de estarmos próximos de Agosto as condições meteorológicas ainda não espelham isso. Mesmo a primavera não teve grande expressão e foi das primaveras com mais chuva na história.
O clima, nomeadamente as estações do ano, ditam o equilíbrio de todo o ecossistema do planeta. Pequenas alterações neste podem conduzir a mudanças drásticas nas nossas vidas. A subida da água do mar, por exemplo, poderá colocar submersas uma quantidade grande de cidades. Ainda para mais a maior parte da população terrestre vive perto do mar. Esta situação causará, naturalmente, uma mudança grande na vida de milhões de pessoas que terão de fazer face a esta subida do nível da água mudando-se para zonas mais afastadas do mar.
Os fenómenos meteorológicos extremos também começam a ser mais frequentes e a atingir zonas que não estavam habituados a eles. Assim, muitos milhões de pessoas terão de criar condições e aprender a viver com determinados fenómenos meteorológicos extremos como furacões. Historicamente algumas zonas do planeta já estão habituadas a lidar com isso e a população já toma antecipadamente medidas para isso mesmo. Progressivamente mais pessoas terão também de lidar com estas situações e com as consequências a nível de finanças daí resultantes.
Com respeito à imprevisibilidade das estações do ano estas podem conduzir a cenários de excesso ou falta de chuva (seca) o que tem consequências muito significativas na agricultura, por exemplo. Em Portugal, no ano de 2017 assistiu-se a uma seca extrema que trouxe consequências graves para uma série de culturas nos campos agrícolas do território nacional. Além disto, o facto de praticamente não ter chovido por um largo período de tempo, secou muitos pequenos rios e barragens o que chegou a afectar o fornecimento de água ás populações. Há quem diga mesmo que a falta de água será um dos principais problemas do futuro uma vez que os períodos de seca se estão a tornar muito frequentes. Este será mais um problema introduzido pelas alterações climáticas.
É indiscutível que as alterações climáticas se manifestam, cada vez mais no dia a dia. Mesmo em Portugal tem-se assistido a algumas consequências da subida das águas do mar e da imprevisibilidade das estações do ano. No ando de 2017 assistiu-se a uma seca extrema que teve uma serie de consequências a nível da agricultura e mesmo fornecimento de água ás populações. As estações do ano têm vindo a torna-se imprevisíveis o que provoca um desequilíbrio no ecossistema global. Fenómenos extremos como furacões têm aparecido em partes do globo que não estavam habituados a vê-los e em alturas do ano imprevisíveis. Esta situação tem apanhado de surpresa populações desprevenidas o que tem causado elevados números de vitimas.