Fundo de Emergência Pessoal

Os 10 restaurantes de sushi em Lisboa que tem mesmo de visitar
novembro 29, 2017
Como comprar na Gearbest em Portugal
novembro 29, 2017

Todos sabemos que os imprevistos na vida acontecem e, de um momento para o outro, podemos ver-nos privados do nosso rendimento habitual ou ter uma despesa extra que não estávamos à espera. Estes são apenas dois exemplos de percalços que podem abanar a vida financeira de uma família. Para fazer face a estes convém preparar um fundo de emergência antecipadamente.

A necessidade de um plano B

Hoje em dia o emprego está longe de ser para a vida. Para tal contribui a cada vez maior facilidade com que as entidades empregadoras podem despedir colaboradores. Além disso, apesar de actualmente se viver um clima económico favorável ás empresas, num passado recente tivemos uma situação oposta em que as dificuldades que as empresas atravessaram muitas vezes se traduziram na necessidade de dispensar trabalhadores. Esta é uma situação que coloca as pessoas numa situação muito frágil, pois podem não ser capazes de cumprir com os compromissos financeiros que têm (por exemplo o pagamento de um crédito a habitação). Como foi referido, os piores efeitos da última crise financeira já passaram mas, no entanto, como se sabe a economia é cíclica, pelo que, será de esperar no futuro, situações semelhantes. Assim é necessário acautelar as mesmas para não ser surpreendido.

Como constituir um fundo de emergência

A melhor forma de construir um fundo para fazer face a situações de emergência é ir constituindo o mesmo de forma gradual. O ideal é ir juntando mensalmente um valor fixo ou variável ao seu fundo. Desta forma este vai crescendo de forma gradual e sem grande esforço. Pode optar por juntar sempre um valor fixo ou um valor variável.

Se optar pela primeira opção o ideal será ao receber o ordenado, colocar logo esse valor fixo de parte. Assim terá a certeza que este não será gasto e será poupado. Naturalmente terá de definir um valor razoável que não seja demasiado alto que lhe prejudique o mês, mas também não demasiado baixo que não seja significativo. Um valor acima de 10% do seu rendimento já será um bom começo mas idealmente 20 ou 25% serão valores mais interessantes e que lhe permitem fazer crescer o seu fundo de emergência mais rapidamente. No entanto, dependendo do seu rendimento, estes poderão não ser possíveis, pelo que deve adaptar os mesmos ao seu rendimento.

Se escolher a segunda opção, de poupar um valor variável por mês, o ideal será fazê-lo no fim de cada mês. Ou seja, no fim de pagar todas as suas despesas mensais e de ter suportado todos os gastos correntes, poderá colocar no fundo de emergência, o valor que sobrou do ordenado. Esta abordagem exige maior rigor e foco que a primeira uma vez que, se não se controla muito nos gastos, chegará sempre ao fim do mês com pouco ou nenhum rendimento disponível e desta forma o seu fundo de emergência crescerá muito devagar. Assim a primeira abordagem é mais adequada para quem tenha problemas em controlar os gastos mensais.

Produtos de poupança

Para constituir um fundo de emergência poderá optar por subscrever um produto de poupança que permita reforços periódicos e desta forma não ter de se preocupar mensalmente com isso. Existem produtos em diversas instituições bancarias que permitem que, mensalmente, seja passado determinado valor, de forma automática, da sua conta à ordem para uma conta poupança. Desta forma o seu processo de construção de um fundo de emergência fica completamente automatizado, não sendo necessária a sua intervenção mensalmente. Inclusivamente pode até escolher o dia do mês em que pretende que seja feita a passagem de uma parte do seu rendimento para a conta poupança. Por exemplo, pode definir que dia 5 de cada mês são passados 250€ da sua conta à ordem para uma conta poupança. Esta situação tem ainda a vantagem de a conta poupança ser remunerada, ao longo do tempo. O banco irá pagar-lhe uma taxa de juro por manter o capital na conta poupança. Desta forma a sua poupança vai crescendo por via dos reforços mensais, mas também por via da remuneração que o banco lhe oferece. Este ultimo ponto tem ainda a vantagem de ajudar a poupança a não se ir desvalorizando com a inflação.

Conclusão

Constituir um fundo de emergência é uma excelente forma de fazer face a situações de necessidade do ponto de vista financeiro. Existem sempre imprevistos que podem fazer com que fique numa situação frágil, mas ao dispor de um fundo de emergência constituído antecipadamente, poderá enfrentar estas situações com maior facilidade. Lembre-se que a economia é cíclica, pelo que, nos momentos bons (de crescimento económico) deve poupar e preparar-se para os momentos maus (de crise financeira ou de estagnação do crescimento económico).