Bolsa Portuguesa em 2018 – o que esperar?

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Os mercados financeiros vivem indiscutivelmente um bom momento e não se perspectiva nenhum evento, a curto prazo, que possa alterar esse sentimento. Hoje mesmo soube-se que o ano passado a economia portuguesa cresceu mais de 2%. Pode parecer pouco, mas comparado com o cenário de recessão económica que estamos mais habituados, um crescimento desta magnitude é, efectivamente, uma boa notícia para a bolsa portuguesa.

Resumo de 2017

O ano anterior trouxe mais valias avultadas para os investidores na bolsa portuguesa. A maioria das empresas registou subidas significativas na cotação das suas acções. Estas subidas foram, inclusivamente, das maiores registadas na Europa, o que colocou a bolsa portuguesa num lugar de destaque a nível internacional.

Um dos principais motivos que levou à valorização das empresas portuguesas foi a melhoria da percepção de risco do país por parte dos investidores. O rating de Portugal subiu nalgumas agências de rating o que levou a que os juros da dívida pública tenham decrescido e, portanto, a percepção de risco do país melhorou. Resumidamente, Portugal deixou de ser visto como um país para investimentos especulativos de alto risco, o que tem beneficiado a bolsa portuguesa.

Os factores responsáveis pela subida de rating que Portugal viveu em 2017 prendem-se maioritariamente com circunstancias internas, como a descida do desemprego, o aumento das receitas com turismo, a crescida do mercado imobiliário, entre outros.

Perspectivas para 2018

Do ponto de vista interno, não são esperados acontecimentos que possam interromper o bom momento em que a economia e a bolsa portuguesa se encontram. Espera-se que o desemprego possa continuar a descer, devido ao crescimento da actividade económica da maioria das PME que absorvem a, quase totalidade, da população activa em Portugal. Por outro lado, o mercado imobiliário que tem sido um importante motor para as empresas cotadas em bolsa do sector da construção, também se prevê que possa continuar a crescer. Ainda que, alguns analistas apontem que o ritmo de crescimento em 2018 possa ser inferior ao de 2017. O ano passado foi um dos melhores anos pelo que poderá ser difícil repeti-lo ou supera-lo. No sector do turismo temos uma situação semelhante. É esperada a continuação de uma subida neste mercado mas talvez não seja ao mesmo ritmo do ano passado. 2017 foi um dos anos em Portugal onde mais hotéis e unidades de alojamento abriram portas. Neste momento existe uma oferta muito grande que será necessário começar a rentabilizar já em 2018.

Em que empresas apostar

Tal como já foi referido, genericamente, as empresas em Portugal tiveram um crescimento em 2017 e é esperado que o mantenham em 2018. No entanto, existem áreas mais promissoras que outras. Neste artigo já falámos daquelas cuja expectativa se encontra mais elevada. São elas a área do turismo e construção. Em ambas as áreas espera-se uma continuação da valorização dos seus activos.

Na área da construção as referencias nacionais são a Mota Engil, a Teixeira Duarte e a Soares da Costa. Estas são 3 exemplos de empresas muito bem posicionadas para beneficiar com o crescimento do sector da construção.

No sector do turismo existe um leque maior de empresas que directa ou indirectamente beneficiam com o aumento do turismo que Portugal está a viver. Uma delas é a TAP. A transportadora aérea Portuguesa é uma das empresas que, claramente, pode recolher frutos do momento actual do turismo em Portugal. As ligações que oferece para as maiores cidades da Europa, aliadas ao bom serviço e preços competitivos, fazem desta companhia alvo de bastante procura para quem pretende viajar para Portugal. Outro exemplo de empresas associadas ao sector do turismo são as cadeias de hotéis portuguesas, como por exemplo a Vila Galé ou a cadeia Sana. Ambas têm registado um aumento generalizado da ocupação das suas unidades hoteleiras. Esse aumento tem-se traduzido numa melhoria significativa da sua facturação e espera-se que essa tendência continue a verificar-se em 2018. Um dos fenómenos que se tem assistido é a extensão da época alta. Há uns anos a época alta era só 2 meses no verão e o restante ano a procura situava-se em valores muito baixos. Hoje, começa a verificar-se que a ocupação tende a ser mais espalhada pelo ano inteiro, em vez de muito concentrada.

Conclusão

A bolsa de valores portuguesa encontra-se num bom momento, reflexo do clima económico optimista que se vive no pais. A descida do desemprego e o aumento da actividade económica são os dois principais motores deste momento. Prevê-se que ambos continuem a melhorar em 2018 e, portanto, este possa ser mais um ano de ganho para os investidores em empresas Portuguesas. Como em todos os investimentos, no entanto, deve sempre diversificar as suas poupanças para diminuir o risco

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